A plenária realizada no dia 13, reuniu especialistas e líderes de peso em uma mesa redonda para discutir a questão: “Há futuro na saúde suplementar sem parcerias?”, desenvolvendo a importância, a relevância e o impacto das parcerias no setor.
O presidente da Unimed Ferj, João Alberto da Cruz, presidiu a mesa redonda, acompanhado do presidente da Unimed Norte Fluminense, João Paulino Silva Prazeres, que atuou como secretário da mesa, composta pelo presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello Filho, o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Antonio Aquino Lopes, o presidente da Unimed do Brasil, Omar Abujamra Junior, o presidente da Unimed Nacional, Luiz Paulo Tostes Coimbra, além dos representantes da AMIL – Assistência Internacional S.A., osé Seripieri Filho e Alberto Bulu.
Omar Abujamra Junior iniciou a conversa ressaltando a importância do modelo cooperativista que, há 56 anos, impulsiona a atuação da Unimed. Segundo ele, o cooperativismo não apenas fomenta parcerias, mas também cria um extenso ecossistema de negócios interconectados. “A intercooperação, uma das bases do Sistema Unimed, tem sido crucial para o desenvolvimento econômico e social, tanto no país, quanto nas regiões onde opera. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Unimed conta com 13,1 mil médicos cooperados, evidenciando a força e a abrangência da rede. Também foi destacado o intercâmbio nacional como um diferencial significativo, além do plano de tecnologia e inovação, que desempenha um papel primordial na evolução do modelo”, comentou.
Ao final, refletiu sobre o impacto das parcerias e enfatizou que representam os pilares do modelo de negócios da organização. Abujamra destacou que a resiliência das cooperativas resulta diretamente da construção de vínculos reais, ao longo de toda a cadeia de valor, e reafirmou sua convicção de que o cooperativismo continua sendo um modelo efetivo e relevante no país.
Reforçando o valor das parcerias estratégicas na tática institucional, Luiz Paulo Tostes Coimbra pontuou o firme compromisso da Unimed em atuar de forma abrangente nos mercados de saúde suplementar em todo o Brasil, dedicando-se ao cuidado da saúde das pessoas e das empresas. Entre as parcerias consolidadas, destacou a Unimed Odonto e a Dr.Online como exemplos significativos da integração e o sucesso dessas colaborações.
“A Unimed Odonto é uma operadora odontológica do Sistema Unimed, sob gestão da Seguros Unimed. Com atuação desde 2009, possui mais de 900 mil beneficiários, mantendo representatividade em todo o território nacional. Enquanto o Dr. Online é uma empresa de telemedicina que carrega a missão de levar acesso à saúde de qualidade para a população, proporcionando melhor cuidado e qualidade de vida para todos, aproximando médicos e pacientes por meio de uma plataforma robusta e segura. A empresa já possui 3 milhões de clientes ativos, com cerca de 850 mil consultas anuais”, comentou Coimbra.
Paulo Rebello, ao ser questionado sobre o papel das parcerias no setor e se o sistema pode se sustentar sem elas, afirmou, “não acredito em evolução no setor de saúde suplementar sem que todos os envolvidos estejam coordenados e alinhados, sempre focados na qualidade assistencial. Incentivamos parcerias para alcançar os melhores resultados, visando um paciente cada vez mais satisfeito e ciente de seus direitos. Sem parcerias, é difícil atingir esses resultados. Acredito que são essas colaborações que permitem alcançar o sucesso no setor de saúde suplementar”.
O diretor de Normas e Habilitação de Operadoras, Jorge Aquino, abordou a complexidade do setor e compartilhou como é fundamental construir cenários realistas e viáveis, ao invés de basear-se apenas em especulações e investimentos elevados. “Não podemos simplesmente investir bilhões de dólares acreditando que conseguiremos pagar por tudo sem uma base sólida. É fundamental construir cenários”, afirmou.
Alberto Bulus e José Seripieri Filho reconheceram o Sistema Unimed como um patrimônio do Brasil. “O serviço e o atendimento que vocês oferecem são incomparáveis; ninguém no Brasil pode substituí-los”, afirmaram. Em resposta a uma pergunta sobre a parceria com a rede Diagnósticos da América S.A. (DASA), que atualmente inclui cerca de 45 hospitais, explicaram que “a função dessas unidades hospitalares não é verticalizada; eles não estão lá apenas para atender à AMIL. Queremos, e talvez isso seja um pouco idealista, oferecer uma medicina de padrão, correta e na medida certa”.
O debate evidenciou que as parcerias são fundamentais para a evolução e sustentabilidade do setor de saúde suplementar, promovendo inovação, qualidade e a melhor experiência para os pacientes.